Paulo Henrique Ganso: camisa 10 que vestirá a 8 (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net) |
A procura pelo tão sonhado camisa 10 iniciou-se quando Danilo,
um dos grandes nomes das conquistas da Libertadores e do Mundial de 2005 pelo
São Paulo, aceitou o desafio de disputar o futebol japonês.
Criticado por
parecer às vezes estar dormindo dentro de campo, a ausência do meia só foi
percebida pela torcida quando notou-se que, por exemplo, em 2008, o cara do
meio de campo foi Hugo, atualmente no Sport de Recife. Depois de Danilo, a 10
passou por mãos não dignas da mística dessa camisa, como Souza, seja por falta de habilidade, e Hernanes, ou por não ter de fato um meia clássico no elenco.
A camisa 10 passou por vários meias, até mesmo por Adriano, centroavante de ofício (Montagem: Luiz Queiroga) |
A vinda de Ganso encerra com esse jejum no Morumbi e traz
alívio para a torcida, dirigentes e até mesmo jogadores. Afirmo isso por estar
diretamente ligado com a pressão que o atual dono da 10 está recebendo. Por R$9
milhões mais uma porcentagem do volante Wellington, Jadson chegou no São Paulo
como o homem de criação perfeito, sendo recebido até mesmo pelo ídolo Raí na apresentação, ano passado. O jogador, porém, nunca foi um meia clássico, e poucos pareceram
perceber isso.
Atuando durante muitos anos na Ucrânia, Jadson usou e
desempenhava a função do típico camisa 8, aquele que é responsável por fazer a
ligação da defesa para o ataque com muita qualidade, melhorar o passe do meio de
campo. Quem acompanha os jogos do São Paulo percebe que esse papel é
responsável por Maicon, alvo de muitas críticas pela limitação técnica. Com a chegada de
Ganso, Jadson será deslocado para a sua posição de origem, formando assim um
losango de bastante qualidade ao lado do novo reforço e dos volantes Denílson e
Wellington.
Pita já desejou sorte para Ganso no São Paulo (Foto: Agência Estado) |
Muitos espelham-se na passagem de Pita, que também deixou o
Santos para defender o São Paulo durante a década de 80, para sonharem alto com
a chegada de Ganso no Morumbi. Como todo apaixonado pelo bom futebol, também
espero que o casamento dê certo. A vontade do jogador, como declarou no site
oficial do Tricolor o diretor de futebol Adalberto Baptista, foi de extrema
importância para selar o negócio entre ambas as partes.
Não pretendo nem fazer uma análise sobre como se estendeu a
transferência até o seu desfecho positivo, pois essa novela realmente deu o
que falar e foi bastante cansativa para todas as partes envolvidas; além do mais, o Jornalismo FC tratou de informar todos os capítulos, só acessar o portal e conferir todos os detalhes, incluindo matérias minhas.
Mas, assim como o técnico Muricy Ramalho disse ao Diário Lance, “quando entra um time do nível como o São Paulo na negociação, é complicado de segurar (o jogador), porque eu estive lá, sei como é. No meu tempo lá, tinha três ou quatro clubes que queriam o jogador e ele vinha para o São Paulo, porque sabe que é um clube sério, e é difícil não aceitar”. Aliada a vontade de Ganso, o profissionalismo e insistência tricolores também têm que ser enaltecidos.
Mas, assim como o técnico Muricy Ramalho disse ao Diário Lance, “quando entra um time do nível como o São Paulo na negociação, é complicado de segurar (o jogador), porque eu estive lá, sei como é. No meu tempo lá, tinha três ou quatro clubes que queriam o jogador e ele vinha para o São Paulo, porque sabe que é um clube sério, e é difícil não aceitar”. Aliada a vontade de Ganso, o profissionalismo e insistência tricolores também têm que ser enaltecidos.
Vida nova, casa nova, momento novo e,
para o bem do futebol brasileiro, por que não um novo Ganso. Finalmente um
clube grandioso como o São Paulo tem um meia igualmente importante.
Ganso tem tudo para ter um novo começo na carreira (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net) |