domingo, 5 de dezembro de 2010

Título em boas mãos. Parabéns, Fluminense!

Emerson, sendo abraço pelos
companheiros. Gol da vitória, gol
do título!
 Campeão! Finalmente os torcedores tricolores cariocas podem gritar e festejar. Após longos, sofridos e demorados vinte e seis anos, o Fluminense tornou-se campeão nacional, pela segunda vez. "Um time de guerreiros", como foram apelidados os jogadores da equipe, e de fato, corresponderam ao nome. Um grupo que superou várias dificuldades e desafios. Merecem o patar mais alto do futebol brasileiro.
 Não irei me preocupar em descrever essa trajetória vitoriosa do time na minha postagem. Homenagens, programas esportivos, declarações, videos, fotos, torcedores, lágrimas, deixem que tais fatores expliquem como é a sensação maravilhosa de carregar no peito mais uma estrela de campeão.
 Ano passado, o Fluminense vivenciou momentos dramáticos e de superação. Chegou à última rodada do Brasileirão brigando para não ser rebaixado. Conseguiu arrancar um empate heróico contra o Coritiba, no Couto Pereira. Os matemáticos calculavam que as chances do time cair à Série B eram de noventa e nove por cento no campeonato. Para muitos, simplesmente impossível alguma reação e davam como certo o rebaixamento. O time, na época treinado por Cuca, provou o contrário. O futebol mais uma vez se mostrou espetacular. Era o começo de uma caminhada para o título. De emoções fortes.
Muricy Ramalho: melhor técnico
do Brasil. Mais um Brasileirão
para o histórico!
 Quando Muricy Ramalho assumiu o cargo de técnico do Fluminense, ninguém acreditava que teria sido uma escolha certa. Ficou e provou sua compêtencia, mais uma vez. Sim, ele recusou o convite da Seleção Brasileira, ponto final. Um dos principais personagens dessa campanha vitoriosa tricolor, com todos os méritos. Melhor técnico do Brasil.
Dário Conca: o craque do time.
Héroi dessa campanha.
 Um time recheado de boas opções e jogadores decisivos, como Gum, Mariano, Diguinho, Fred e Washington; estrelas e jogadores experientes, Belleti e Deco; e o mais importante, o principal héroi, um argentino chamado Dário Conca, o articulador do time. O franzino maestro do time foi o único que jogou todas as trinta e oito partidas do campeonato no elenco tricolor, com apenas dois cartões amarelos e ainda, dores no joelho, que o próprio disse que irá operar no final do ano. Nem é preciso falar que ele foi o protagonista de todo esse título.
 Realmente, um conjunto de fatores que só tendia a bons resultados. O time liderou a competição vinte e três vezes, com a melhor defesa também. O título era só um detalhe. Foi díficil, mas veio. Polêmicas e discussões não conseguiram atrapalhar os passos firmes do tricolor carioca. Houve imprevistos, como o empate para o Góias, na trigésima quinta rodada, que preocupou torcedores e jogadores, pois com o resultado, o Corinthians tinha assumido a liderança. Na rodada seguinte foi a vez do time paulista tropeçar e o Fluminense não perdeu a oportunidade. Retomada ao topo.
Parabéns, torcida tricolor, mostraram
mais uma vez como ser apaixonado
pelo seu time.
 O título está em boa mãos este ano. Mas como o próprio Muricy Ramalho afirmou, após o último jogo no ano, há muitos fatores a serem mexidos e melhorados para que o crescimento gradativo da equipe mantenha-se. Como ele mesmo disse, é preciso sempre buscar mais, quebrar barreiras, ir além. De fato, ele fez isso em sua carreira, e, agora, pretende o mesmo com o seu time. Que venha 2011, parabéns, Fluminense!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Regularidade ganha campeonato

Conca: jogador mais
regular do campeonato
  Está chegando ao fim mais uma edição do Campeonato Brasileiro. O próximo domingo, cinco de dezembro, será o último dia que a bola irá rolar em campo. Essa semana que antecede o término da competição é repleta de especulações, declarações, provocações, polêmicas..
 O Brasileirão deste ano foi marcado pela regularidade entre os times, o que resultou na luta de três equipes pelo título de melhor do campeonato. São eles: Fluminense, atual líder, Corínthians, vice, e Cruzeiro, terceiro da tabela. Levando em consideração a grandeza e a organização desses clubes citados, além dos resultados de anos anteriores, concluimos que o sistema de pontos corridos favorece àquele que for mais regular e melhor estruturado. Futebol não é sorte, é justiça... Ou deveria ser.
Elias, Dentinho e Ronaldo:
torcem para um tropeço de Fluminense
 Chegou a hora de avaliar o rendimento no ano. As considerações sobre os ganhos e os prejuizos da temporada, as contas matemáticas para ver quanto será preciso para conquistar o título ou escapar do rebaixamento, as reflexões sobre aqueles jogos em que "Não poderíamos ter deixado de somar pontos", as indagações sobre contratações certeiras, estão presentes em maior grau nessa reta final. Surge aquele arrependimento, ou então, orgulho.
Jogo polêmico: Fabrício
reclamando sobre pênalti
marcado pelo juíz. Cruzeiro
perdeu o jogo e a liderança
 O Fluminense, de Muricy Ramalho, está com todo o favoritismo entre os clubes que tentam o sonho maior de ser campeão. O time carioca, que esteve na liderança vinte e duas vezes no campeonato, com o meia (e talvez o jogador) mais regular do campeonato, Darío Conca, com um elenco de qualidade e com um técnico tri campeão brasileiro, depende das próprias forças para faturar o caneco e comprovar os investimentos feitos na temporada. Quem ainda está sonhando é o Corinthians. Com apenas um ponto atrás do líder, tenta resgatar forças para motivar o elenco a não desistir do título, que é dificil, mas não impossível. As sete partidas seguidas sem vitória do time nessa reta final martelam a cabeça de cada jogador, dirigente e membro da comissão técnica.. O Cruzeiro, típico mineiro, come pelas beiradas. Após perder a liderança contra o adversário direto ao título, Corinthians, num jogo de muitas polêmicas, na trigésima quinta rodada, muitos apostavam na queda de produção do time, mas Cuca e seus comandados decidiram provar o contrário; ganharam as partidas seguintes e agora torcem para deslizes dos que estão a frente para chegar em primeiro. O campeonato está aberto.
Renê sonha com
a Série A ano que vem,
pelo Atlético GO.
 A emoção não está presente somente na parte de cima da tabela. Referímo-nos aos que brigam para não cair à Série B, Atlético GO e Vitória, únicos no campeonato que ainda têm chances matemáticas de cair, e, por coincidência, irão se enfrentar na última rodada e travar uma grande decisão. Caso o time goiano consiga uma vitória ou um empate contra os baianos, que jogam em casa, assegurará vaga na elite nacional ano que vem. Se o Vitória conseguir somar os três pontos, porém, o time do técnico Renê Simões dirá adeus ao campeonato.
Renato Gaúcho:
precisa ganhar do
Botafogo e torcer
contra o Góias na Sul
Americana.
 A luta pela vaga que está disputada pela Libertadores da América também está muito concorrida. No Brasileirão, os únicos times que brigam pela última vaga para conseguirem participar do torneio sul americano são Grêmio e Botafogo, quarto e quinto respectivamente. Assim como na briga para quem permanece na Série A do ano que vem, os únicos que ainda sonham com o torneio Libertadores irão se enfrentar na última rodada. O time gaúcho, comandado por Renato Gaúcho, e que tem o melhor aproveitamento nesse returno de campeonato, irá enfrentar o de Joel Santana em casa, no estádio Olímpico. Quem ganhar a partida garante acesso ao campeonato mais importante da América Latina. Mas engana-se quem pensar que basta só essa vitória para conseguir vaga no torneio. A Conmebol garantiu vaga também para a Libertadores ao campeão da Sul Americana, torneio que até então, não recebia muita atenção dos brasileiros. Assim, o país do campeão desse título perde automaticamente uma vaga no campeonato nacional que daria direito à Libertadores. Grêmio e Botafogo, alem da obrigação de vencer a partida final do Brasileirão, tem que torcer pela derrota do já rebaixado Goiás, representante do Brasil na final da Sul Americana. Caso o time goiano vença o torneio, as vagas do Brasileirão, que eram de quatro, serão reduzidas para três, deixando o quarto colocado fora da disputa da Libertadores do ano que vem.
Rafael Moura: responsável
pela grande campanha do Goiás
na Sul Americana.
 De fato, emoção não falta para essa reta final de campeonato brasileiro. Quem afirma que o campeonato por pontos corridos não tem graça, deverá rever seus conceitos. Resta apenas esperar quais serão os resultados dessa semana. Todos nós estamos aguardando, cartolas, jogadores, comentaristas, torcedores... Emoção até o fim. Pena de quem não foi regular no ano.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Copa São Paulo de Futebol Júnior

São Paulo FC: campeão de 2010.
 Nesta terça-feira, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou o regulamento e os grupos da 42ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A competição irá acontecer entre os dias 4 e 25 de janeiro e continua mantendo o alto número de clubes, com 92 equipes divididas em 23 grupos. 
Lucas: destaque da Copinha,
titular do time profissional
do São Paulo.
 O torneio oferece a oportunidade de jovens jogadores se tornarem grandes atletas e defenderem a camisa de seus clubes de coração no futuro. Todo ano, promessas e novos talentos ganham projeção nacional, e em seguida, conseguem uma vaga no elenco profissional. Lucas, Casemiro e Bruno Uvini são exemplo. No começo desse ano, eles foram titulares no título do São Paulo FC na Copinha, como também é conhecido o campeonato, e não demorou muito tempo para poderem jogar ao lado de Rogério Ceni e outros jogadores do elenco no time A do clube paulista, ao lado de mais garotos das categorias de base.
Estádios mal estruturados são
frequentes no campeonato.
  Todo esse projeto organizado pela Federação Paulista de Futebol merece respeito e atenção. Meninos ganham cada vez mais chances de mostrarem seu futebol da maneira tradicional, são motivados a aprender o verdadeiro sentimento de competir, os árbitos das partidas são professores de educação física que se preocupam mais em advertir verbalmente cada lance digno de cartão do que apitar a partida, tudo para orientar da melhor maneira possível o garoto. Futebol também é educação. Mas a realidade é outra, infelizmente. A falta de patrocinadores para o campeonato, má organização da FPF, falta de apoio da torcida e número exagerado e descontrolado de clubes atrapalham todo esse projeto educacional da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
 Em várias partidas no início do torneio, vemos times mal preparados convocarem pessoas que nem são treinadas para completar a equipe; clubes que convocam pedreiros, faxineiros, qualquer pessoa para jogar são frequentes. Estádios com uma infra estrutura péssima e de díficil acesso para a imprensa, torcida e até mesmo os times. Ou seja, um torneio que tinha a finalidade de motivar garotos à ingressarem o mundo futebolístico acaba por desmotivar e frustrar várias promessas; são poucos os que conseguem sucesso.
Neymar: de promessa a craque.
Futuro da seleção brasileira.
  Comentaristas de futebol e especialistas apostam que nos próximos anos a situação será diferente. Como haverá Copa do Mundo e Olímpiadas no Brasil em 2014 e 2016 respectivamente, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, entidade máxima do futebol nacional, Ricardo Teixeira, ordenou que houvesse uma renovação imediata nos elencos profissionais, principalmente da seleção brasileira. A partir de agora, as categorias de bases das equipes do país receberão incentivos de governos locais para melhorarem a estrutura de suas academias e facilitarem o ingresso de jovens no futebol. A partir de agora educação, transporte público e saúde serão fundamentais para todo esse processo de renovação e integração de jovens jogadores aos elencos profissionais. Com dedicação, respeito e seriedade esse projeto tem todas as possibilidades de arrecadar os resultados esperados.
Sebastian Vettel: outro ótimo
exemplo de que investir em
jovens talentos é lucro.
 A necessidade de governo, FPF, clubes e icones do futebol brasileiro se juntarem para promoverem essa ideia é essencial para que haja sucesso. As empresas patrocinadoras devem perceber que investindo em jovens promessas, vão lucrar muito em poucos anos e melhorar a qualidade do esporte, do espetáculo e assim chamará mais atenção para investimentos, pois só com eles que é possível atualizar e progredir. Vide exemplos de Neymar, do Santos, e do campeão da Fórmula 1, Sebastian Vettel.
 Com dedicação, seriedade e trabalho será possível concretizar esse projeto. Investir na Copa São Paulo de Júniores é um ótimo começo e podem ter certeza de que haverá bons resultados no decorrer de 2011. Basta tranquilidade e respeito...

domingo, 14 de novembro de 2010

ESPECIAL: Lágrimas de um (pequeno) gigante!

Sebastien Vettel: do anonimato
para o sucesso. Carreira meteórica!
" Unbelievable... Thanks! I love you! Unbelievable " Foram essas as palavras pronunciadas por Sebastian Vettel após ter passado pela linha de chegada, decretando assim seu primeiro título na carreira, em Abu Dhabi, Emirados Árabes. Título que o consagra o campeão mais novo da Fórmula One, com 23 anos, quatro meses e 11 dias de idade.
 O alemão teve uma carreira meteórica, sendo iniciada nas pistas de kart. Desde então, o piloto passou a ser apoiado pela Red Bull, marca de bebidas energéticas famosa por apoiar esportistas com perfil jovem e arrojado. Adjetivos que encaixam-se perfeitamente com as características do promissor Vettel. Seu primeiro desafio na Fórmula One iniciou-se como terceiro piloto da escuderia BMW Sauber, participando dos treinos livres do GP da Turquia, em 2006. Passou a figurar, com destaque, durante os treinos de sexta-feira, liderando muitas sessões.
 O início do germânico na F1 foi promissor. A vaga na equipe era questão de tempo. Mas a chance de disputar um GP só veio mesmo graças a um infortúnio terrível de Kubica. O polonês sofreu um grave acidente durante o GP do Canadá, e sem condições físicas de se recuperar a tempo de correr a próxima prova do Mundial, que foi disputada em Indianápolis na semana seguinte, a BMW abriu espaço para que Vettel fizesse sua estreia na categoria. Começava a história de um campeão.
Primeira vitória na carreira, em
Monza. Primeiro lugar
incontestável.
 Fazendo uma excelente corrida em Indianápolis e logo transferiu-se de escuderia com a ajuda da Red Bull. A empresa dos energéticos viu em Sebastian a chance de crescer como equipe e o colocou na satélite Toro Rosso no lugar de Scott Speed a partir de Hungaroring, três corridas após sua estreia na BMW. O alemão cravou seu nome no mundo da F1 ao realizar um incrível GP do Japão debaixo de muita chuva de maneira quase impecável. Ele ficou perto da vitória, liderou algumas voltas pela Toro Rosso, mas bateu em Mark Webber e os dois ficaram de fora da corrida. Vettel chorou como criança, mas virou gente grande na F1. Lágrimas que voltariam a escorrer no rosto dele em 2010, mas em outras circunstâncias.
 Em 2008, o promissor piloto superou o fraco Sébastien Bourdais, companheiro de equipe, em toda a temporada, e chegou no topo em Monza, quando o alemão, debaixo de muita água, assim como em Fuji no ano anterior, faturou a pole-position com autoridade e ainda surpreendu a todos, mantendo a ponta com eficácia durante toda a prova e, sem cometer erros, conseguiu sua primeira vitória na Fórmula One, justamente no GP da Itália, na casa da Toro Rosso.Com o resultado, Sebastian carimbou seu passaporte para correr pela equipe-mãe Red Bull.
 A temporada de 2009 começou com um predomínio surpreendente da Brawn, mas Vettel conseguiu excelentes resultados a partir da metade do campeonato, com quatro vitórias e faturando o vice-campeonato daquele ano. Resultados que só confirmavam uma evolução gradativa da equipe para o próximo ano.
Vettel conversando com Webber.
Parceiros de equipe, mas com muita
rivalidade dentro da equipe.
 Em 2010, o gêrmanico, que tinha como dupla o veterano Mark Webber, teve um excelente início de temporada. Dominante no Bahrein. Pole em Sakhir, o alemão controlou como quis a corrida, mas com problemas mecânicos, perdeu a vitória para Fernando Alonso e foi quarto lugar. Sua primeira vitória neste ano veio no GP da Malásia, na terceira etapa da temporada. Após um modesto sexto lugar em Xangai, Sebastian ficou perto da vitória na Espanha e em Mônaco, e tinha tudo para chegar ao triunfo na Turquia. Mas uma tentativa de ultrapassagem precipitada e mal calculada sobre Webber o tirou da prova e acendeu uma rivalidade com o australiano, que teria outras intrigas durante o ano.
 A reação veio em Valência, por coincidência na mesma prova em que seu parceiro de equipe sofreu um grave acidente e ficou pelo caminho. Sem dar chances aos rivais, o alemão venceu com tranquilidade e voltou na luta pelo título. Os erros cometidos na Bélgica, além do crescimento da Ferrari de Alonso na metade final da temporada, porém, afastaram Sebastian da taça. Com a queda de rendimento do rival australiano, Vettel faturou dois pódios seguidos, em Cingapura, e depois em Suzuka. O título parecia estar a caminho com a vitória quase certa em Yeongam, no inaugural e mal preparado GP da Coréia do Sul. Mas uma falha no motor Renault colocou quase tudo a perder, e mais uma vez a sorte de Alonso apareceu.
Após o título, Vettel deixa
seu carro sem esconder
sua emoção com a vitória.
 Apesar da distância para o título, Vettel não se abateu, dominou de maneira impecável o circuito de Interlagos e subiu ao pódio da penúltima prova do ano. O alemão diminuiu para 15 pontos a diferença para Alonso, que ostentava 246. A pole conquistada em Abu Dhabi foi o fundamental para sua vitória no Emirados Árabes. Emoção do início ao fim da corrida e a sorte que antes era aliada de Alonso resolveu apoiar o garoto alemão. O espanhol, diga-se de passagem, mostrou mais uma vez que, mesmo sendo um excelente piloto, é mal perdedor. Azar para a Ferrari, parabéns para Sebastien e sua escuderia.
Lágrimas de um campeão.
Lutador e guerreiro,
fez por merecer.
 Temporada vitoriosa da Red Bull e especial para Sebastien Vettel. Um homem simples, alegre e profissional, que mostrou garra e determinação do começo ao fim. Personalidade ele mostrou que tem, e também que tem muito o que aprender ainda, mas está no caminho certo para voos mais promissores. Destaque também para a ótima gerência da escuderia austríaca, que consagrou uma vitória do esporte sobre os interesses econômicos, deixando claro que era contra qualquer espécie de jogo de equipe. Assisitir à Fórmula One foi novamente agradável. Ano que vem tem muito mais, e o gêrmanico quer quebrar muito mais recordes. Habilidade não falta, nem carro.  


Parabéns, Sebastien Vettel! Além de ter ganhado o título da Fórmula One, ganhou o respeito de todos e mostrou que com determinação, ousadia, habilildade, sinceridade e sorte o trabalho é sempre recompensado. Provou também que não é preciso jogo de equipe para chegar ao topo do sucesso. Conseguiu cativar mais um torcedor seu, chamado Luiz Gustavo do Nascimento Queiroga. Unbelievable!

Parabéns, Sebastien Vettel!

sábado, 13 de novembro de 2010

Corpo mole

      Faltando três rodadas para o término da edição do Campeonato Brasileiro de 2010, vários assuntos sempre estão presentes na mídia esportiva. Quem será o campeão, o artilheiro, o melhor jogador da competição ou então quem será rebaixado à Série B estão frequentemente sendo comentados pelas ruas; mas um tema em especial chama mais a atenção nessa reta final de campeonato: times vão entregar jogos para prejudicar seus maiores rivais regionais?
 Abordar esse assunto não é nada fácil, mas sim muito delicado, e, particularmente, constrangedor e assustador. Pensar na possibilidade de um determinado time mudar sua conduta em campo para favorecer ou prejudicar outro é vergonhoso. Novamente na fase final do Brasileirão, fatos como esse podem acontecer nas rodadas finais.
       Neste ano, os protagonistas ao título nacional, Corinthians e Fluminense, dependem de resultados favoráveis de rivais regionais para assegurarem o caneco de primeiro lugar. O time paulista precisa da ajuda de São Paulo e Palmeiras para chegar à liderança, enquanto que os cariocas torcem para que Vasco vença seus compromissos contra Cruzeiro e Corinthians, candidatos diretos ao título. O 'Time do Parque São Jorge' assegurou não temer que os rivais paulistas entreguem seus jogos contra o Fluminense e ainda, exigiu deles ética e comprometimento dentro de campo. Curioso é relembrar que, no ano passado, também na reta final do campeonato, enquanto que os mesmos São Paulo e Palmeiras brigavam pelo título, o Corínthians enfrentou na penúltima rodada o Flamengo, outro que disputava também o topo da tabela. Resultado? Um time sem ânimo dentro de campo perdeu para os cariocas de 2 a zero, com direito a um pênalti polêmico batido por Léo Moura e com o goleiro corinthiano Felipe sequer tendo esboçado alguma reação.
Goleiro Felipe, do Corinthians, não
esboça nenhuma vontade de tentar
defender o penalti cobrado
por Léo Moura
      Segundo Carpegiani, treinador do São Paulo FC, o time vai entrar com seriedade dentro de campo nas rodadas que faltam, argumentando que precisa honrar a camisa do clube, além de tentar conquistar uma vaga na Libertadores do ano que vem. Já o Palmeiras de Felipão não tem muito a perder no Brasileirão, afinal, briga pelo título da Copa Sul Americana e não está em uma situação preocupadora no campeonato nacional.
      O problema desse assunto de entregar jogo não está só dentro de campo, mas também fora, na torcida. Medidas como de pedir para que seu time perca certa partida para que o rival não seja favorecido no campeonato são constrangedoras. Temos como exemplo, 2004, quando, na última rodada do Paulistão, o Corinthians precisava de uma vitoria para escapar do rebaixamento e ainda de uma ajuda do São Paulo FC. Grafite, atacante do tricolor paulista marcou os dois gols do time no 2 a 1 em pleno Morumbi e foi vaiado pela torcida! Até hoje o Corinthians agradece ao jogador pelos gols feitos na partida e por ter se mantido na elite do futebol paulista naquele ano... Outro caso polêmico envolvendo torcida e clube, foi no ano passado, no jogo Flamengo e Grêmio, última rodada do Brasileirão. Douglas Costa e Mário Fernandes e outros jogadores que atuaram bem contra os cariocas na derrota por 2 a 1 no Maracanã foram hostilizados por torcedores após a partida, que reclamaram do empenho deles dentro de campo pois se ganhassem, Internacional -RS, maior rival, teria sido campeão brasileiro.
      Para finalizar, o futebol é muito grande para ter que lidar com situações como as citadas aqui. Quando um time entra em campo, tem que pensar somente na vitória e mostrar que tem comprometimento com a história do clube e até mesmo com a torcida, não importando quem irá favorecer ou não. Vale a pena manchar uma longa e brilhante história do clube entregando uma partida somente para desfavorecer um rival regional? Se a resposta for positiva, nós temos que rever nossos conceitos de comprometimento e ética.
 
     Segue abaixo alguns jogos polêmicos referentes à esse tema.
- Fonte: Jornal Lance

Douglas Costa, um dos poucos jogadores que
atuaram bem contra o Flamengo. Após
a partida, foi hostilizado pela própria torcida.

Flamengo 2 x 1 Grêmio
Na última rodada do Brasileirão do último ano, houve um Gre-Nal indireto na luta pelo título. O Grêmio visitou o Flamengo, então líder. O Internacional, vice-líder, jogava contra o Santo André com o ouvido colado na partida do Rio de Janeiro. Ao longo da semana, muito se falou sobre uma possível facilitação gremista, que mandou um time reserva ao Maracanã, contudo, a vitória dos cariocas foi construída com muito sacrifício.

Corinthians 0 x 2 Flamengo
No dia 29 de novembro de 2009, o Flamengo visitou o Corinthians. A vitória rubro-negra por 2 a 0 garantiu ao Fla a ponta da tabela, faltando apenas uma rodada para o final da competição. Palmeirenses e são-paulinos, que ainda sonhavam com a taça, acusaram o Timão de entrar relaxado demais no jogo. No pênalti cobrado por Leo Moura, o goleiro Felipe não esboçou reação alguma, o que gerou protestos e desconfiança dos rivais diretos na briga pelo título. Outro fator que resultou em gritaria foi a transferência do joga da capital para a cidade de Campinas.

Goiás 2 x 1 Internacional
No Campeonato Brasileiro de 2005, o Inter foi vice-campeão do Brasil. Em uma partida diante do Corinthians no Pacaembu, o Colorado foi prejudicado pela arbitragem. Houve a anulação de um gol legítimo, a não marcacão de um pênalti e a expulsão de Tinga. O Timão foi o campeão. Um ano depois, o Inter poderia colaborar com a permanência dos paulistas na Série A, no entanto, perdeu para o Goiás. A semana que precedeu o jogo foi marcada pelos questionamentos da lisura do comportamento do Inter diante dos goianos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Caso Ronaldinho.

Ronaldinho: solução ou problema?
 Enquanto Mano Menezes falava os jogadores convocados para enfrentarem a Argentina, dia 17 de Novembro, em Catar, um em especial acabou chamando a atenção de todos: Ronaldo de Assis Moreira. Mais conhecido pelo apelido de Ronaldinho, esse nome foi capaz de provocar diversas emoções aos que acompanhavam a lista de chamados; euforia, esperança, rancor, decepção, surpresa, alegria... dúvida. Tal decisão foi publicada e comentada em jornais, revistas, programas esportivos, pelas ruas, de boca a boca.

Milan: Expectativas logo
frustradas  pela má campanha

 A questão é: qual foi o principal motivo que levou Mano a convocar Ronaldinho, que há anos não vêm demonstrando um futebol vistoso e habilidoso. Teve uma saída contestada do poderoso Barcelona e chegou em Milão cercado de expectativas, que foram logo frustradas pela sua campanha pífia , levando o Milan a nem faturar uma vaga na Champions League, ambição do clube na época. Será que o técnico da seleção brasileira optou por Gaúcho pelo que ele está jogando na atualidade ou pelo simples fato de querer vencer a Argentina e não correr riscos no cargo?
 A primeira pergunta obriga-nos a avaliar o desempenho recente do jogador  pelo seu clube. Muito irregular e em jogos decisivos vem tendo atuações abaixo do esperado. Vários jornalistas e comentaristas esportivos criticam a convocação, considerando o argumento defendido por Mano, que compara seu desempenho ao de outros meias na atualidade. Por outro lado, vencer a Argentina só por pura tradição e rivalidade com a ajuda de Ronaldinho não faz muito sentido, uma vez que Ricardo Teixeira, presidente da CBF, impôs como primeira meta para a Copa de 2014 uma renovação imediata no elenco da Canarinho, visando também as Olímpiadas de 2012 e eventualmente de 2016. O jogador está hoje com trinta anos, e, pensando-se em Copa do Mundo no Brasil, vai estar com trinta e quatro. Será que ele conseguirá a tempo mostrar seu futebol e merecer estar atuando pela seleção? Não terá a mesma arrancada, genialidade e com certeza, ânimo, atributos que, diga-se de passagem, estão em falta com o profissional hoje em dia.
Ronaldinho e Pato: estarão lado a lado
contra a Argentina, vai dar liga?
 Vale lembrar a todos que, quando Ricardo Teixeira falou pela primeira vez à imprensa após a eliminação de Dunga e seus comandados na África do Sul, assegurou duas decisões tomadas por ele próprio: renovação do elenco, e o mais importante, que o técnico escolhido pela Confederação seria mantido até o término da Copa de 2014. Não seriam  considerados os resultados contra seleções fortes e até mesmo inferiores. Perdendo ou ganhando, o que realmente importava em sua meta para o título do hexa era a tal da renovação. Pediu a todos os brasileiros que tivessem paciência com os resultados obtidos pela Seleção e com os jovens jogadores a serem convocados, afinal, trata-se de um planejamento com uma única meta: a Taça do Mundo no Maracanã em 2014. O que cabe, sim, endagar, é o seguinte: até que ponto Teixeira poderá apoiar Mano em decisões como a de convocar Ronaldinho, atitude bastante criticada pela mídia em geral?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carência de um 10 na seleção.

Saudações.

 Como primeiro tema a ser postado aqui no meu blog, pensei em uma situação na qual expressava grandeza e impacto para o início de várias postagens: Seleção Brasileira, mais precisamente focado em uma posição que por muito tempo há carência, a do camisa 10.
 Todos sabem que antes de Pelé, esta camisa não representava nada para os olhos das pessoas que assistiam às partidas de futebol nos estádios. Depois de deixar sua marca no esporte, porém, Edson Arantes do Nascimento redigiu um novo conceito para a palavra 'Meia' e que até hoje ninguém conseguiu de fato entendê-lo dentro de campo, com excessão do Rei.
 Analisando o último amistoso do Brasil, contra a Ucrânia, senti-me envergonhado pelo fato da camisa de número 10 penta campeã mundial ter sido usada pelo volante de origem Carlos Eduardo. Não estou aqui criticando a habilidade desse promissor jogador, que merece sim uma vaga na seleção, mas nunca teria a capacidade de sustentar o brilho e a importância da dez. Como alguma coisa tinha de errado, resolvi verificar a lista de meias da Revista Placar, que elege todo ano a seleção dos melhores em cada posição. E de fato, a escassez de grandes meias na Seleção Brasileira explica-se pela presença de Montillo e Conca, argentinos, liderando a lista de melhores daquela posição.
 Infelizmente, fomos privados de apreciar a elegância e inteligência de Paulo Henrique Ganso, que Deus queira, volte ano que vem com todo seu futebol. Para o próximo compromisso da Seleção,contra a Argentina, Mano convocou Ronaldinho Gaúcho. Sinceramente não entendi tal escolha, pois não teria lógica chamá-lo agora se a tão importante ordem de Sr. Ricardo Texeira é inovação imediata. Mas o problema é, quem chamar? Os escolhidos, depois de Ronaldinho, foram Douglas, do Grêmio e Philipe Coutinho, da Internazionale. A situação é crucial para um país que pretende chegar ao topo do Mundial de 2014 erguendo a taça de campeão no Maracanã. Espero a rápida recuperação de Ganso e do esquecido Kaká, que ainda vai trazer muitas alegrias para esta Seleção. Basta esperar agora...

Primeiros passos

Saudações!

 Acredito que eu, como mais um adolescente espalhado por este mundo, tenho que cumprir o papel que a mim é dado nesta vida: criticar, questionar, viver, expor suas ideias e saber como as pessoas lidam com suas opiniões. e para cumprir essa minha missão de desvendar novos caminhos, criei este blog. Estou com um projeto em mente, mas que, em primeiro instante, prefiro mantê-lo em sigilo. Antes, quero poder ver como que essa ideia vai prosseguir e se terá bons frutos.

 Os temas que irei tratar não estão ainda muito bem definidos, mas pode ter certeza de que futebol sempre estará presente no meio das postagens. Conto com a ajuda e divulgação de você e espero que goste do meu blog.

Abraços,

Luiz Gustavo Queiroga.